Acho que desde que me entendo por gente, o estar sozinho sempre fez parte de mim. Sou filho único e por mais que na infância eu tivesse amigos próximos e primos visitando todo fim-de-semana, a solitude sempre me fez companhia acima de tudo e todos. Na adolescência, como todo o resto, esse sentimento ficou aflorado e demorei muito tempo para fazer as pazes com ele. Hoje somos um só, minha companhia me basta e acho que parti pro extremo de literalmente não querer outras pessoas interrompendo a rotina que criei pra mim mesmo. Meus horários, meus hobbbies. Meus. Todos meus.
estar sozinho não é estar solitário
sábado, 31 de agosto de 2024
ou a incrível vantagem de amar a sua própria companhia.
É claro que as vezes me sinto na necessidade de um carinho ou uma companhia qualquer, mas nos últimos anos confesso que acabei me isolando ainda mais. Parei de ir ao cinema com aquele amigo frequente, parei de tentar procurar "rolos", casinhos e aventuras românticas pra preencher algo dentro de mim. Não acho que eu seja contra relacionamentos mas é praticamente impossível pra mim, me imaginar compartilhando tanto com outro – sem contar nas obrigações sociais que um relacionamento implica na vida de uma pessoa como conhecer a família um do outro etc. Só o pensamento disso acontecer me causa calafrios de repulsa.
Ao menos nesse ano, me sinto muito trancado para a ideia de ficar conversando com alguém sobre qualquer coisa, perdi a prática. Me forcei a ser esse animal recluso, me sinto em paz na minha companhia e não trocaria isso por nada – a não ser pelos meus pais. Eu os amo tanto e queria muito ter a chance de poder mimá-los num futuro próximo. Fora eles, estou bem sozinho no meu quarto vendo minhas séries, revendo meus filmes e olhando os dias passarem pela janela. É muito bom ser meu melhor amigo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário